A missão do Espaço Nova Vida é contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas em situação ou em risco de solidão e isolamento social, no Bairro do Girassol e Ponte da Bica, na Ramada.


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Ramada


A Ramada é uma freguesia portuguesa do concelho de Odivelas, com 3,86 km² de área e 19 657 habitantes (2011). Densidade demográfica: 5 092,5 h/km².



Faz fronteira com as freguesias de Caneças, Famões, Odivelas , e ainda com a freguesia de Loures, no concelho do mesmo nome.



Esta freguesia foi criada em 25 de Agosto de 1989, (Dec.-Lei 68/89) por desmembramento da de Odivelas e da de Loures. Foi elevada a vila em 19 de Abril de 2001.



O nome Ramada surgiu a partir das armadilhas que os pescadores punham no rio. Punham pãos cobertos de folhas e quando um peixe era apanhado diziam que ali tinha sido feita uma ramada.

Evolução da população da Ramada (1991 – 2011)
1991
2001
2011
11 629
15 770
19 657




 Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ramada

quarta-feira, 23 de maio de 2012

A Inovação e o Empreendedorismo Social

Segundo a Stanford Graduate School of Business, a inovação social é “uma solução nova para um problema social, que seja mais eficaz, eficiente, sustentável, ou apenas que seja melhor do que as soluções existentes e para as quais o valor criado reverte primeiramente para a sociedade como um todo, e não apenas para indivíduos particulares[1] (Phills, Deiglmeier, & Miller, 2008). Assim, a inovação trata do processo, e não apenas do produto final. Por um lado, os processos organizacionais e sociais produzem inovação, através da criatividade individual, da estrutura organizacional, do contexto ambiental, e dos factores económicos e sociais. Por outro, a inovação manifesta-se em novos produtos e métodos de produção. É possível, assim, entender que o processo de inovar envolve: factores técnicos, sociais e económicos;  o produto ou a invenção em si; a divulgação e expansão; e o valor social criado pela inovação (idem).

Para o Instituto de Empreendedorismo Social (IES), que é uma associação portuguesa sem fins lucrativos direccionada para este tema, perante a falta de consenso acerca do conceito de empreendedorismo social, é preciso adoptar como unidade de análise primordial o empreendedor social e as suas iniciativas. Assim, define o empreendedor social como um catalisador de mudança que resolve eficazmente problemas sociais. Acrescenta ainda que uma iniciativa de empreendedorismo social deve demonstrar quatro critérios base: missão social ou ambiental (resolver problemas sociais/ambientais negligenciados); impacto social ou ambiental (transformar positivamente a sociedade a nível social/ambiental); inovação (desafiar a visão tradicional e utilizar modelos de negócio inovadores); escalabilidade ou replicabilidade (crescer e/ou replicar-se noutro local geográfico) (IES).
A maioria das empresas sociais centram-se em actividades comerciais, rendimentos e empreendimentos lucrativos que dão apoio financeiro e operacional aos tradicionais projectos sociais. Também têm suas raízes no sector não lucrativo e tendem a limitar a sua influência nas entidades sem fins lucrativo, excluindo implícita e explicitamente o sector público e organizações com fins lucrativos (Phills, Deiglmeier, & Miller, 2008). Existe um número crescente de iniciativas, a nível mundial, que desafiam os obstáculos que aparentemente têm impedido as empresas e os negócios de oferecer serviços ás populações mais empobrecidas. Estas iniciativas representam o recente fenómeno no mundo dos negócios, que é o empreendedorismo social - social entrepreneurship. Utilizando novos tipos de recursos e combinando-os de formas inovadoras, as empresas sociais representam um vasto campo de descoberta de novos modelos de propostas de valor (Seelos & Mair, 2005).
Temos como exemplo o Instituto for One World Health nos Estados Unidos da América, que surgiu como a primeira farmacêutica sem fins lucrativos; o Sekem no Egito, uma organização que promove o desenvolvimento económico, social, e cultural através do investimento dos lucros de diversas empresas; e o Grameen Bank no Bangladesh, um banco fundado por Muhammad Yunus com o objectivo de permitir o acesso ao crédito àqueles que de outra forma não teriam essa possibilidade.
Estes exemplos têm em comum o facto de desafiarem o status quo e a forma convencional de se pensar sobre o que é viável. O empreendedorismo social tem revelado novos caminhos e novas soluções, baseadas em necessidades locais e não nas premissas centralizadas das grandes instituições sobre o que é preciso ser feito. O empreendedorismo social também tem chamado a atenção da comunidade cientifica, organizações internacionais, charities e empresas no que se refere aos esforços para melhor compreender o fenómeno e  para reproduzir alguns dos modelos e processos de criação de valor social. No entanto, a falta de teoria sobre empreendedorismo social pode ser um impedimento para o reconhecimento necessário para que estas iniciativas cresçam em escala e consigam fazer contribuições substanciais para erradicar a pobreza nas suas diversas formas (idem)
O empreendedorismo social, como campo de inovação social, tem o potencial de contribuir com novos conhecimentos para a área do empreendedorismo, e também para o sector social mais abrangente. O relacionamento entre o empreendedorismo social, a  responsabilidade social das empresas e as instituições públicas apresenta um grande potencial na descoberta de novas formas de criação conjunta de valor, no apoio ao desenvolvimento sustentável. Cada vez mais existem exemplos da colaboração entre empreendedorismo social e organizações internacionais, ONG’s e organizações para o desenvolvimento. O empreendedorismo social abre caminho para um futuro em que os gerentes das grandes empresas encontram oportunidades de aprender e criar novos esforços conjuntos segundo os seus interesses económicos, ao mesmo tempo que criam valor social para aqueles que mais necessitam (Seelos & Mair, 2005).




[1] Tradução livre do original

Referências:
Phills, J., Deiglmeier, K., & Miller, D. (Outono de 2008). Rediscovering Social Innovation. Stanford Social Innovation Review , pp. 34-43.
IES, I. d. (s.d.). IES. Obtido em Outubro de 2011, de http://www.ies.org.pt

Seelos, C., & Mair, J. (48 de 2005). Social entrepreneurship: creating new business models to serve the poor. Business Horizons , pp. 241-246.

Artigo escrito por Rita Adónis



segunda-feira, 21 de maio de 2012

Em breve...

Já sabemos o que é a economia social, e o que são ações humanitárias, ONGD e voluntariado. Mas o que é que isso tem a ver com a Ponte da Bica?

Será tudo explicado!

Em breve...

A Economia Social

           O Estado e o mercado não têm a capacidade para satisfazer as necessidades básicas fundamentais, concretamente, na oferta alimentar, habitacional, de serviços sociais, de cultura e lazer e de infra-estruturas locais de suporte. O Estado não consegue assegurar a redistribuição àqueles que se encontram em situação de desvantagem económica e social e os potenciais participantes no mercado não conseguem ter o necessário poder de financiamento para criar os serviços necessários.
Como refere Coutinho (2003) é neste contexto de escassez que a economia social reemerge, uma vez que o desenvolvimento de mercados locais propõem inovação económica: a realização de objectivos sociais através de actividades económicas e a criação de estruturas organizacionais que encorajem todos os participantes no trabalho, num base cooperativa ou de reciprocidade. A economia social surge, assim, como catalisadora de recursos para uma utilidade social que não ignore exigências de rendibilidade económica, aproximando-se assim da economia como um todo. Relativamente ao sistema económico vigente, o terceiro sector surge no confronto entre a economia de solidariedade e de natureza social, e a economia de competitividade e de eficiência económica de mercado.
As iniciativas do terceiro sector surgem, assim, de défices concretos e referem-se à provisão de bens e serviços que visam satisfazer necessidades. Também são formas de auto-organização dos cidadãos que utilizam estratégias de auto-ajuda a nível local, regional e também internacional. Podem ser consideradas formas de manifestação da sociedade civil de uma nova concepção de políticas, de democracia e de responsabilidade.
O sector da economia social é de iniciativa privada mas resulta no restabelecimento de actividades orientadas para a esfera pública. Implica a construção de alternativas económicas, através do desenvolvimento de acções solidárias e democráticas entre a instância pública e sectores da sociedade civil, que se traduzem em modalidades inovadoras, de solidariedade, de cidadania, e promoção da justiça e da equidade na repartição dos recursos, agindo no sentido de colmatar desigualdades sociais injustas, geradoras de pobreza e de exclusão social (Coutinho, 2003:90). Actualmente, são inúmeras as designações utilizadas para o sector: economia social, terceiro sector, sector não lucrativo, economia solidária, entre outros. Ainda de referir que as entidades da economia social, tal como reconhecidas pela Lei de Bases da Economia Social, são as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) de natureza associativa, fundacional ou equiparadas, organizações não governamentais (ONG), fundações e associações com fins altruísticos que desenvolvam a sua actividade no âmbito científico, cultural e da defesa do meio ambiente, cooperativas, e outras formas associativas ou empresariais.



Referência:
Coutinho, M. (2003). Economia Social em Portugal - A Emergência do Terceiro Sector na Política Social. Lisboa: CPIHTS e APSS

Artigo escrito por Rita Adónis


domingo, 20 de maio de 2012

O que são ações humanitárias, ONGD e voluntariado?

A ajuda humanitária é, por definição, toda e qualquer acção que contribua de forma imediata e eficaz para minimizar os efeitos das catástrofes de várias naturezas junto das populações directamente afectadas.

Trabalho voluntário é a actividade desempenhada no uso e gozo da autonomia do prestador do serviço ou trabalho, sem recebimento de qualquer prestação que se traduza em remuneração ou auferimento de lucro. O trabalho voluntário tem se tornado um importante factor de crescimento das Organizações Não-Governamentais (ONGD), componentes do terceiro sector. É graças a esse tipo de trabalho que muitas acções da sociedade organizada têm suprido o fraco investimento ou a falta de investimento governamental em educação, saúde, lazer etc.

O trabalho voluntário, ao contrário do que pode parecer, é exercido de forma séria e muitas vezes necessita de especialização e profissionalismo, já que diversas empresas, hospitais, clínicas e escolas precisam do auxílio de profissionais formados em várias áreas. Em Portugal, o exemplo mais antigo e importante é representado pelas Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários, pilar fundamental do exercício "Vida por Vida".

Terceiro sector é uma terminologia sociológica que dá significado a todas as iniciativas privadas de utilidade pública com origem na sociedade civil. A palavra é uma tradução de Third Sector, um vocábulo muito utilizado nos Estados Unidos para definir as diversas organizações sem vínculos directos com o primeiro sector (Público, o Estado) e o segundo sector (Privado, o Mercado).

As ONGD são associações da sociedade civil, sem fins lucrativos, que acolhem no seu interior especificidades que as diferenciam do Estado e de outras organizações e/ou instituições privadas. São instituições de cariz social e cultural, muitas vezes com objectivos humanitários, e com frequência inspiradas pelo pensamento social de confissões religiosas ou pelos ideais de movimentos laicos.

O movimento das ONGD é bastante heterogéneo, estando a sua criação relacionada com diferentes circunstâncias, reflectindo diversas tradições e culturas. As ONG podem ser classificadas de diferentes maneiras, segundo as suas actividades, a sua influência geográfica, etc. Segundo o estatuto das Organizações Não-Governamentais para o desenvolvimento (ONGD), estas são instituições da sociedade civil constituídas por pessoas singulares ou colectivas de direito privado sem fins lucrativos, com sede em Portugal. As ONGD têm por objectivos a concepção, execução e apoio a programas e projectos de cooperação para o desenvolvimento, de assistência humanitária, de ajuda de emergência e de protecção e promoção dos direitos humanos. Uma ONGD pode revestir a forma de associação, fundação, cooperativa ou organização canonicamente erecta, e não lhe é permitido ter natureza político-partidária, sindical ou religiosa, nem desenvolver actividades de cooperação militar.

Em regra, as ONGD têm as seguintes áreas de intervenção: ensino, educação e cultura; assistência científica e técnica; saúde, incluindo assistência médica, medicamentosa e alimentar; emprego e formação profissional; protecção e defesa do ambiente; integração social e comunitária; desenvolvimento rural; reforço da sociedade civil, através do apoio a associações congéneres e associações de base nos países em vias de desenvolvimento; educação para o desenvolvimento, designadamente através da divulgação das realidades dos países em vias de desenvolvimento junto da opinião pública.

Como exemplos de ONGD temos a Cruz Vermelha, que surge em 1863 em Genebra. Em 1865 é criado o Exército de Salvação e, em 1897 na Alemanha, nasce a Caritas. A seguir à Segunda Guerra, em 1942, surge em Londres a Oxfam, em 1943, a Catholic Relief Service e, em 1945, a American Co-operative Agency for Relief Everywhere (CARE). Estas constituem a matriz da qual arranca a filosofia de actuação das modernas ONGD.

Capítulo baseado nas definições de voluntariado, terceiro sector e ONGD da Wikipédia disponível em www.wikipedia.org, e do site da IPAD (Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento) disponível em www.ipad.mne.gov.pt

Artigo escrito por Rita Adónis


sábado, 19 de maio de 2012

Esta é a Ponte da Bica



Esta é a localidade Ponte da Bica. Fica na Freguesia da Ramada, concelho de Odivelas.



A Freguesia da Ramada está situada na encosta da Serra da Amoreira, com um belíssimo panorama sobre os concelhos de Odivelas, Loures e Lisboa, estendendo-se ao rio Tejo. Talvez devido à sua posição estratégica, viveram nesta serra povos que remontam à pré-história, como podemos hoje verificar pela existência de uma estação arqueológica, das mais importante do sul do país. De acordo com os investigadores, neste local terão vivido os povos de nome "Alpiarças", que deram origem aos Lusitanos. A atividade deste povo era a agricultura, predominando a cultura dos cereais, e tinham azenhas e moinhos de vento. Atualmente existem três moinhos restaurados, o das Covas, na Ramada, que foi construído em 1884, outro na Arroja, que é propriedade privada, e outro situado na Freguesia de Famões, o Moinho da Laureana.
Em termos de construção urbana, a Freguesia da Ramada viu surgir núcleos urbanos dominantes, com habitações dispersas e bairros de génese ilegal, dependentes dos núcleos principais, Ramada, Amoreira e Bons Dias. As primeiras construções assistem à chegada da propriedade horizontal. A Ramada é hoje, uma das Freguesias que mantém um crescente desenvolvimento urbano e demográfico.


http://www.cm-odivelas.pt/Freguesias/Ramada/Historia.htm