A missão do Espaço Nova Vida é contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas em situação ou em risco de solidão e isolamento social, no Bairro do Girassol e Ponte da Bica, na Ramada.


domingo, 29 de julho de 2012

Página do Facebook

 

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Aqui está a nascer uma Nova Vida!

Endereço:  www.facebook.com/ENV.espaconovavida


quinta-feira, 26 de julho de 2012

Aqui está a nascer o Espaço Nova Vida

E as obras continuam!

Temos contado com a ajuda valorosa de homens com um coração pronto a servir o seu próximo e a comunidade da Ponte da Bica. Com muito calor, alguns percalços e muito trabalho, acreditamos que a semente que estamos aqui a lançar dará muitos frutos nesta localidade.


Aqui está a nascer o Espaço Nova Vida.















quinta-feira, 5 de julho de 2012

Sobre a Economia Social



Segundo o relatório do CIREC (Centro Internacional de Pesquisa e Informação sobre Economia Pública, Social e Cooperativa) e do Comité Económico e Social Europeu intitulado “A Economia Social na União Europeia”, a delimitação mais recente do conceito de economia social é efetuada, pelas próprias organizações, na Carta de Princípios da Economia Social estabelecida pela Conferência Europeia Permanente das Cooperativas, Mutualidades, Associações e Fundações (CEP-CMAF). Os princípios em questão são:



• Primazia do indivíduo e do objeto social sobre o capital;

• Adesão livre e voluntária;

• Controlo democrático pelos seus filiados (exceto as fundações que não possuem membros associados);

• Conjugação dos interesses dos filiados/usuários e/ou do interesse geral;

• Defesa e aplicação dos princípios de solidariedade e responsabilidade;

• Autonomia de gestão e independência em relação aos poderes públicos;

• A maior parte dos excedentes destinam se à consecução de objetivos em favor do desenvolvimento sustentável e da prestação de serviços de interesse para os associados e ou do interesse geral.


A definição de trabalho de "economia social" proposta no citado relatório é a seguinte:

Conjunto de empresas privadas organizadas formalmente, com autonomia de decisão e liberdade de filiação, criadas para servir as necessidades dos seus associados através do mercado, fornecendo bens e serviços, incluindo seguros e financiamentos, e em que a distribuição pelos sócios de eventuais lucros ou excedentes realizados, assim como a tomada de decisões, não estão directamente ligadas ao capital ou às cotizações dos seus associados, correspondendo um voto a cada um deles. A economia social também inclui empresas privadas organizadas formalmente, com autonomia de decisão e liberdade de filiação, que prestam serviços de "não mercado" a agregados familiares e cujos eventuais excedentes realizados não podem ser apropriados pelos agentes económicos que as criam, controlam ou financiam.

A economia social assumiu-se na sociedade europeia como um pólo de utilidade social entre o sector capitalista e o sector público. É constituída por uma enorme pluralidade de atores e o seu campo de acção alarga-se a todas as necessidades sociais, antigas ou novas. Estas necessidades podem ser satisfeitas por pessoas ligadas a uma empresa que opera no mercado, onde quase todas as cooperativas e mutualidades vão buscar a maioria dos seus recursos, ou por associações e fundações que prestam serviços de "não mercado" a pessoas individuais ou famílias e cujo financiamento provém, normalmente, de donativos, quotas de sócios, subsídios, etc.

É preciso não esquecer que a diversidade de recursos e atores das organizações de economia social conduz a diferenças na sua dinâmica de comportamento e nas relações que mantêm com o meio que as rodeia. Por exemplo, os voluntários podem ser encontrados, sobretudo, nas organizações do subsector "não mercado" (na sua maioria associações e fundações), ao passo que no subsector "mercado" da economia social (cooperativas, mutualidades e outras empresas afins) não há praticamente voluntários, exceto nas empresas sociais, que são um exemplo nítido de uma forma híbrida de "mercado" e "não mercado" e apresentam uma multiplicidade de recursos (monetários provenientes do mercado, subsídios públicos e trabalho voluntário) e de atores dentro da organização (filiados, empregados, voluntários, empresas e entidades públicas).

Mas a heterogeneidade da economia social — que procura e reclama o seu lugar numa sociedade pluralista — não significa que ela seja uma miscelânea sem identidade ou valores interpretativos. Pelo contrário, a identidade de base partilhada pelos vários ramos da economia social é reforçada por um vasto e heterogéneo grupo de organizações livres e voluntárias no plano microeconómico — criadas pela sociedade civil para satisfazer as necessidades de pessoas individuais e famílias, e não tanto para remunerar o capital ou dar cobertura a investidores ou empresas capitalistas—, ou seja, pelas organizações sem fins lucrativos. Nos últimos 200 anos, este largo espectro (mercado e não mercado, interesses mútuos ou de interesse geral) tem vindo a moldar o terceiro sector.

Fonte: CIREC (2007), Síntese do Relatório A Economia Social na União Europeia, Comité Económico e Social Europeu Publicações

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Assinatura do protocolo

Foi hoje assinado o protocolo entre a Junta de Freguesia da Ramada e o Espaço Nova Vida. 
Agora mãos à obra!!!



E as obras a todo o vapor e calor também....
















quarta-feira, 27 de junho de 2012

Assinatura do Protocolo

Meus queridos irmãos/ãs

Tenho a alegria de dar conhecimento que amanhã ás 12h irá ser assinado o protocolo com a Junta de Freguesia da Ramada para o Espaço Nova Vida, como também ás 8h irão começar as obras exteriores. Fui hoje comprar o material, 2 camiões cheios.

Partilho a minha alegria com vocês porque Deus chamou a todos para esta obra, dando-nos a oportunidade de O glorificar neste lugar.

Bençãos.
Luís Gonçalves

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O terceiro dia da entrega oficial das chaves

Hoje é o terceiro dia da entrega oficial das chaves do Espaço Nova Vida! Agradecemos a Junta de Freguesia da Ramada pelo apoio e voto de confiança neste projeto.

O nosso lema nos próximos tempos será: toda a ajuda é bem-vinda!



domingo, 10 de junho de 2012

As obras começaram

É oficial - as obras do futuro Espaço Nova Vida começaram! Graças ao excelente trabalho da Junta de Freguesia da Ramada, que não só nos cedeu o terreno, como também está a fazer as obras de recuperação do espaço interior e exterior, será possível iniciar o projeto comunitário que pretende trazer uma nova vida à Ponte da Bica.

Estaremos a trabalhar com e para a população, e em breve teremos mais notícias sobre de que se trata o Projeto Nova Vida! Fique atento e partilhe com os seus amigos esta iniciativa.












quarta-feira, 6 de junho de 2012

Chaves na mão

Já temos as chaves na mão e as obras começaram. Está a chegar uma Nova Vida à Ponte da Bica!


sábado, 2 de junho de 2012

Página do Projeto Nova Vida no Facebook

O Projeto Nova Vida já tem uma nova página no Facebook!

Cliquem todos em "Like" e mantenham-se ligados para as próximas novidades.

Muito em breve!

O Link :

Projeto Nova Vida no Facebook

Construir um Projeto de Intervenção Social

A vontade de fazer é o início de qualquer projeto social. No entanto, muitos desses projetos acabam por morrer mesmo antes de nascer, ou têm pouco tempo de vida pois não são sustentáveis.

É essencial um bom planeamento, assim como definir metas e estratégias e assegurar uma gestão rigorosa. Elaborar um projeto é, antes de mais, contribuir para a solução de problemas, transformando ideias em ações.
As perguntas que se devemos fazer vão corresponder ao tipo de ação e, por sua vez, às diversas componentes do projeto.

O quê?


Se quer fazer
Natureza do projeto
Porquê?
Origem e fundamentação
Para quê?
Objetivos, finalidade
Quanto?
Metas
Onde ?
Localização
Cobertura espacial
Como?
Se faz
Atividades e tarefas
Métodos e técnicas
Quando?
Cronograma
Para quem?
Se dirige
Destinatários
Quem?
O faz
Recursos Humanos
Com quê?
Se faz
Recursos materiais
Se custeia
Recursos financeiros
Fonte: ANDER-EGG, Ezequiel e AGUILAR,Maria José (1995). Cómo elaborar un proyecto, Buenos Aires: Lúmen.

De uma forma geral, a construção de projetos de intervenção pode passar pelas seguintes fases:


  •  Identificação dos problemas e diagnóstico: identificação dos problemas sobre os quais se pretende intervir e entendimento das suas causalidades.
  • Definição de objetivos: clarificação das finalidades, dos objetivos gerais e objetivos específicos.
  • Definição das estratégias: clarificação das grandes orientações do trabalho.
  • Programação das atividades: estabelecimento das atividades, distribuição de responsabilidades e calendarização dessas atividades.
  • Preparação do plano de acompanhamento e de avaliação do trabalho: estabelecimento de um plano de avaliação.
  • Publicitação dos resultados e estudo dos elementos para a prossecução do projeto.

Conclusão:

A metodologia do planeamento e avaliação associada à construção de projetos é cada vez mais utilizada na intervenção. Elaborar um projeto requer mais do que boa vontade. Requer não só um processo eficaz e ativo que é intelectual, mas também uma gestão eficaz.
A construção de um projeto é um processo com várias etapas podendo estas apresentar-se de diferentes formas, variando a sua designação de acordo com diferentes autores e práticas, mas cuja essência se mantém, devendo contemplar, neste caso, os itens inerentes à intervenção.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Ramada


A Ramada é uma freguesia portuguesa do concelho de Odivelas, com 3,86 km² de área e 19 657 habitantes (2011). Densidade demográfica: 5 092,5 h/km².



Faz fronteira com as freguesias de Caneças, Famões, Odivelas , e ainda com a freguesia de Loures, no concelho do mesmo nome.



Esta freguesia foi criada em 25 de Agosto de 1989, (Dec.-Lei 68/89) por desmembramento da de Odivelas e da de Loures. Foi elevada a vila em 19 de Abril de 2001.



O nome Ramada surgiu a partir das armadilhas que os pescadores punham no rio. Punham pãos cobertos de folhas e quando um peixe era apanhado diziam que ali tinha sido feita uma ramada.

Evolução da população da Ramada (1991 – 2011)
1991
2001
2011
11 629
15 770
19 657




 Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ramada

quarta-feira, 23 de maio de 2012

A Inovação e o Empreendedorismo Social

Segundo a Stanford Graduate School of Business, a inovação social é “uma solução nova para um problema social, que seja mais eficaz, eficiente, sustentável, ou apenas que seja melhor do que as soluções existentes e para as quais o valor criado reverte primeiramente para a sociedade como um todo, e não apenas para indivíduos particulares[1] (Phills, Deiglmeier, & Miller, 2008). Assim, a inovação trata do processo, e não apenas do produto final. Por um lado, os processos organizacionais e sociais produzem inovação, através da criatividade individual, da estrutura organizacional, do contexto ambiental, e dos factores económicos e sociais. Por outro, a inovação manifesta-se em novos produtos e métodos de produção. É possível, assim, entender que o processo de inovar envolve: factores técnicos, sociais e económicos;  o produto ou a invenção em si; a divulgação e expansão; e o valor social criado pela inovação (idem).

Para o Instituto de Empreendedorismo Social (IES), que é uma associação portuguesa sem fins lucrativos direccionada para este tema, perante a falta de consenso acerca do conceito de empreendedorismo social, é preciso adoptar como unidade de análise primordial o empreendedor social e as suas iniciativas. Assim, define o empreendedor social como um catalisador de mudança que resolve eficazmente problemas sociais. Acrescenta ainda que uma iniciativa de empreendedorismo social deve demonstrar quatro critérios base: missão social ou ambiental (resolver problemas sociais/ambientais negligenciados); impacto social ou ambiental (transformar positivamente a sociedade a nível social/ambiental); inovação (desafiar a visão tradicional e utilizar modelos de negócio inovadores); escalabilidade ou replicabilidade (crescer e/ou replicar-se noutro local geográfico) (IES).
A maioria das empresas sociais centram-se em actividades comerciais, rendimentos e empreendimentos lucrativos que dão apoio financeiro e operacional aos tradicionais projectos sociais. Também têm suas raízes no sector não lucrativo e tendem a limitar a sua influência nas entidades sem fins lucrativo, excluindo implícita e explicitamente o sector público e organizações com fins lucrativos (Phills, Deiglmeier, & Miller, 2008). Existe um número crescente de iniciativas, a nível mundial, que desafiam os obstáculos que aparentemente têm impedido as empresas e os negócios de oferecer serviços ás populações mais empobrecidas. Estas iniciativas representam o recente fenómeno no mundo dos negócios, que é o empreendedorismo social - social entrepreneurship. Utilizando novos tipos de recursos e combinando-os de formas inovadoras, as empresas sociais representam um vasto campo de descoberta de novos modelos de propostas de valor (Seelos & Mair, 2005).
Temos como exemplo o Instituto for One World Health nos Estados Unidos da América, que surgiu como a primeira farmacêutica sem fins lucrativos; o Sekem no Egito, uma organização que promove o desenvolvimento económico, social, e cultural através do investimento dos lucros de diversas empresas; e o Grameen Bank no Bangladesh, um banco fundado por Muhammad Yunus com o objectivo de permitir o acesso ao crédito àqueles que de outra forma não teriam essa possibilidade.
Estes exemplos têm em comum o facto de desafiarem o status quo e a forma convencional de se pensar sobre o que é viável. O empreendedorismo social tem revelado novos caminhos e novas soluções, baseadas em necessidades locais e não nas premissas centralizadas das grandes instituições sobre o que é preciso ser feito. O empreendedorismo social também tem chamado a atenção da comunidade cientifica, organizações internacionais, charities e empresas no que se refere aos esforços para melhor compreender o fenómeno e  para reproduzir alguns dos modelos e processos de criação de valor social. No entanto, a falta de teoria sobre empreendedorismo social pode ser um impedimento para o reconhecimento necessário para que estas iniciativas cresçam em escala e consigam fazer contribuições substanciais para erradicar a pobreza nas suas diversas formas (idem)
O empreendedorismo social, como campo de inovação social, tem o potencial de contribuir com novos conhecimentos para a área do empreendedorismo, e também para o sector social mais abrangente. O relacionamento entre o empreendedorismo social, a  responsabilidade social das empresas e as instituições públicas apresenta um grande potencial na descoberta de novas formas de criação conjunta de valor, no apoio ao desenvolvimento sustentável. Cada vez mais existem exemplos da colaboração entre empreendedorismo social e organizações internacionais, ONG’s e organizações para o desenvolvimento. O empreendedorismo social abre caminho para um futuro em que os gerentes das grandes empresas encontram oportunidades de aprender e criar novos esforços conjuntos segundo os seus interesses económicos, ao mesmo tempo que criam valor social para aqueles que mais necessitam (Seelos & Mair, 2005).




[1] Tradução livre do original

Referências:
Phills, J., Deiglmeier, K., & Miller, D. (Outono de 2008). Rediscovering Social Innovation. Stanford Social Innovation Review , pp. 34-43.
IES, I. d. (s.d.). IES. Obtido em Outubro de 2011, de http://www.ies.org.pt

Seelos, C., & Mair, J. (48 de 2005). Social entrepreneurship: creating new business models to serve the poor. Business Horizons , pp. 241-246.

Artigo escrito por Rita Adónis



segunda-feira, 21 de maio de 2012

Em breve...

Já sabemos o que é a economia social, e o que são ações humanitárias, ONGD e voluntariado. Mas o que é que isso tem a ver com a Ponte da Bica?

Será tudo explicado!

Em breve...

A Economia Social

           O Estado e o mercado não têm a capacidade para satisfazer as necessidades básicas fundamentais, concretamente, na oferta alimentar, habitacional, de serviços sociais, de cultura e lazer e de infra-estruturas locais de suporte. O Estado não consegue assegurar a redistribuição àqueles que se encontram em situação de desvantagem económica e social e os potenciais participantes no mercado não conseguem ter o necessário poder de financiamento para criar os serviços necessários.
Como refere Coutinho (2003) é neste contexto de escassez que a economia social reemerge, uma vez que o desenvolvimento de mercados locais propõem inovação económica: a realização de objectivos sociais através de actividades económicas e a criação de estruturas organizacionais que encorajem todos os participantes no trabalho, num base cooperativa ou de reciprocidade. A economia social surge, assim, como catalisadora de recursos para uma utilidade social que não ignore exigências de rendibilidade económica, aproximando-se assim da economia como um todo. Relativamente ao sistema económico vigente, o terceiro sector surge no confronto entre a economia de solidariedade e de natureza social, e a economia de competitividade e de eficiência económica de mercado.
As iniciativas do terceiro sector surgem, assim, de défices concretos e referem-se à provisão de bens e serviços que visam satisfazer necessidades. Também são formas de auto-organização dos cidadãos que utilizam estratégias de auto-ajuda a nível local, regional e também internacional. Podem ser consideradas formas de manifestação da sociedade civil de uma nova concepção de políticas, de democracia e de responsabilidade.
O sector da economia social é de iniciativa privada mas resulta no restabelecimento de actividades orientadas para a esfera pública. Implica a construção de alternativas económicas, através do desenvolvimento de acções solidárias e democráticas entre a instância pública e sectores da sociedade civil, que se traduzem em modalidades inovadoras, de solidariedade, de cidadania, e promoção da justiça e da equidade na repartição dos recursos, agindo no sentido de colmatar desigualdades sociais injustas, geradoras de pobreza e de exclusão social (Coutinho, 2003:90). Actualmente, são inúmeras as designações utilizadas para o sector: economia social, terceiro sector, sector não lucrativo, economia solidária, entre outros. Ainda de referir que as entidades da economia social, tal como reconhecidas pela Lei de Bases da Economia Social, são as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) de natureza associativa, fundacional ou equiparadas, organizações não governamentais (ONG), fundações e associações com fins altruísticos que desenvolvam a sua actividade no âmbito científico, cultural e da defesa do meio ambiente, cooperativas, e outras formas associativas ou empresariais.



Referência:
Coutinho, M. (2003). Economia Social em Portugal - A Emergência do Terceiro Sector na Política Social. Lisboa: CPIHTS e APSS

Artigo escrito por Rita Adónis


domingo, 20 de maio de 2012

O que são ações humanitárias, ONGD e voluntariado?

A ajuda humanitária é, por definição, toda e qualquer acção que contribua de forma imediata e eficaz para minimizar os efeitos das catástrofes de várias naturezas junto das populações directamente afectadas.

Trabalho voluntário é a actividade desempenhada no uso e gozo da autonomia do prestador do serviço ou trabalho, sem recebimento de qualquer prestação que se traduza em remuneração ou auferimento de lucro. O trabalho voluntário tem se tornado um importante factor de crescimento das Organizações Não-Governamentais (ONGD), componentes do terceiro sector. É graças a esse tipo de trabalho que muitas acções da sociedade organizada têm suprido o fraco investimento ou a falta de investimento governamental em educação, saúde, lazer etc.

O trabalho voluntário, ao contrário do que pode parecer, é exercido de forma séria e muitas vezes necessita de especialização e profissionalismo, já que diversas empresas, hospitais, clínicas e escolas precisam do auxílio de profissionais formados em várias áreas. Em Portugal, o exemplo mais antigo e importante é representado pelas Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários, pilar fundamental do exercício "Vida por Vida".

Terceiro sector é uma terminologia sociológica que dá significado a todas as iniciativas privadas de utilidade pública com origem na sociedade civil. A palavra é uma tradução de Third Sector, um vocábulo muito utilizado nos Estados Unidos para definir as diversas organizações sem vínculos directos com o primeiro sector (Público, o Estado) e o segundo sector (Privado, o Mercado).

As ONGD são associações da sociedade civil, sem fins lucrativos, que acolhem no seu interior especificidades que as diferenciam do Estado e de outras organizações e/ou instituições privadas. São instituições de cariz social e cultural, muitas vezes com objectivos humanitários, e com frequência inspiradas pelo pensamento social de confissões religiosas ou pelos ideais de movimentos laicos.

O movimento das ONGD é bastante heterogéneo, estando a sua criação relacionada com diferentes circunstâncias, reflectindo diversas tradições e culturas. As ONG podem ser classificadas de diferentes maneiras, segundo as suas actividades, a sua influência geográfica, etc. Segundo o estatuto das Organizações Não-Governamentais para o desenvolvimento (ONGD), estas são instituições da sociedade civil constituídas por pessoas singulares ou colectivas de direito privado sem fins lucrativos, com sede em Portugal. As ONGD têm por objectivos a concepção, execução e apoio a programas e projectos de cooperação para o desenvolvimento, de assistência humanitária, de ajuda de emergência e de protecção e promoção dos direitos humanos. Uma ONGD pode revestir a forma de associação, fundação, cooperativa ou organização canonicamente erecta, e não lhe é permitido ter natureza político-partidária, sindical ou religiosa, nem desenvolver actividades de cooperação militar.

Em regra, as ONGD têm as seguintes áreas de intervenção: ensino, educação e cultura; assistência científica e técnica; saúde, incluindo assistência médica, medicamentosa e alimentar; emprego e formação profissional; protecção e defesa do ambiente; integração social e comunitária; desenvolvimento rural; reforço da sociedade civil, através do apoio a associações congéneres e associações de base nos países em vias de desenvolvimento; educação para o desenvolvimento, designadamente através da divulgação das realidades dos países em vias de desenvolvimento junto da opinião pública.

Como exemplos de ONGD temos a Cruz Vermelha, que surge em 1863 em Genebra. Em 1865 é criado o Exército de Salvação e, em 1897 na Alemanha, nasce a Caritas. A seguir à Segunda Guerra, em 1942, surge em Londres a Oxfam, em 1943, a Catholic Relief Service e, em 1945, a American Co-operative Agency for Relief Everywhere (CARE). Estas constituem a matriz da qual arranca a filosofia de actuação das modernas ONGD.

Capítulo baseado nas definições de voluntariado, terceiro sector e ONGD da Wikipédia disponível em www.wikipedia.org, e do site da IPAD (Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento) disponível em www.ipad.mne.gov.pt

Artigo escrito por Rita Adónis